POLÍTICA - E a agonia da luta pelo poder chega ao fim...
Por Carmen Gonçalves
Nesta terça-feira, o ministro da fazenda Antônio Palocci pediu a demissão de seu cargo ao presidente Lula, que estava em viagem à Curitiba.
Após o depoimento do Presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Matos, deflagrou-se o real envolvimento do ex-ministro com o caso da mansão no Lago Sul, em Brasília, onde aconteciam reuniões para acertos mais específicos de mensalões com políticos e mulheres.
Quando se conheceu a versão do caseiro Francenildo Santos, à CPI dos Bingos, desmentindo o ex-ministro, a situação do governo, do presidente Lula e de seus homens-forte (dos quais Palocci era um dos últimos em pé) ficou extremamente complicada e suas imagens foram sumariamente constrangidas perante a nação. O caseiro afirmara, categoricamente, que o ex-ministro era freqüentador assíduo de tais festinhas. Dois dias depois, Palocci, em depoimento à CPI, negou firmemente. Em seguida, um misterioso extrato bancário do caseiro foi entregue ao relator da CPI, onde constava um depósito na conta de Francenildo de cerca de 25 mil reais, totalmente incompatível com seus rendimentos. Estava então instaurado o mais constrangedor dos cenários, não só pela quebra do sigilo ter sido ilegal, mas principalmente por haver a suspeita de que a ordem partira do então ministro Palocci. Na tarde de hoje, Jorge Mattoso, em depoimento à Polícia Federal, admitiu ter entregue em mãos o extrato bancário do caseiro ao ex-ministro e confirmou de que a ordem havia mesmo partido do alto escalão do Ministério da Fazenda.
Antes disso, durante a crise do mensalão, quando o governo Lula enfrentou sua maior crise política, Palocci também foi alvo de denúncias. O ex-ministro foi acusado de praticar irregularidades em seus mandatos como prefeito de Ribeirão Preto e ter recebido propina de uma empreiteira da cidade. Seu irmão, Adhemar Palocci, foi acusado de ter feito caixa dois para o PT em 2004. Palocci também sofreu denúncia de recebimento de dinheiro de Cuba e de empresários angolanos para a campanha de Lula em 2002, além de integrar grupo lobista no caso GTech-Caixa.
Enfim, após Dirceu e Genoíno, o último pino do boliche sinistro do PT caiu. Está certo que, em termos de vergonha, estamos muito bem servidos, afinal são sofridos meses desde que o assessor do nosso nobre ex-ministro e picareta foi flagrado se apossando de dinheiro de propina, também quando das revelações bomba que o ex-deputado Roberto Jefferson fez à CPI dos correios, fatos que resultaram na famosa e precursora da vergonha petista, a CPI dos Correios, que por sua vez trouxe por tabela a do Mensalão, com representantes ilustres do peso de Marcos Valério (aliás, por onde andas?) e de quebra, nosso bravo Congresso nos instaura da CPI dos Bingos, para não dizer que não falamos aqui de flores. Sim, está certo. Tudo se apura, mas curiosamente, nada sai do lugar. O que falta para vermos esta situação deprimente se acabar? Será que é muito querermos um final à la Collor? Não, não é. Os limites da cidadania, da ética, do bom-senso, da normalidade, da vergonha, do ridículo, da palhaçada, já foram, há muito, ultrapassados... pois não é que temos que assistir todos os dias os disparates e absurdos deste partido, que se diz do povo? Não são incríveis as palavras de calma e sabedoria que saem das bocas sujas destes homens? Que triste democracia, meu deus!
Nesta terça-feira, o ministro da fazenda Antônio Palocci pediu a demissão de seu cargo ao presidente Lula, que estava em viagem à Curitiba.
Após o depoimento do Presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Matos, deflagrou-se o real envolvimento do ex-ministro com o caso da mansão no Lago Sul, em Brasília, onde aconteciam reuniões para acertos mais específicos de mensalões com políticos e mulheres.
Quando se conheceu a versão do caseiro Francenildo Santos, à CPI dos Bingos, desmentindo o ex-ministro, a situação do governo, do presidente Lula e de seus homens-forte (dos quais Palocci era um dos últimos em pé) ficou extremamente complicada e suas imagens foram sumariamente constrangidas perante a nação. O caseiro afirmara, categoricamente, que o ex-ministro era freqüentador assíduo de tais festinhas. Dois dias depois, Palocci, em depoimento à CPI, negou firmemente. Em seguida, um misterioso extrato bancário do caseiro foi entregue ao relator da CPI, onde constava um depósito na conta de Francenildo de cerca de 25 mil reais, totalmente incompatível com seus rendimentos. Estava então instaurado o mais constrangedor dos cenários, não só pela quebra do sigilo ter sido ilegal, mas principalmente por haver a suspeita de que a ordem partira do então ministro Palocci. Na tarde de hoje, Jorge Mattoso, em depoimento à Polícia Federal, admitiu ter entregue em mãos o extrato bancário do caseiro ao ex-ministro e confirmou de que a ordem havia mesmo partido do alto escalão do Ministério da Fazenda.
Antes disso, durante a crise do mensalão, quando o governo Lula enfrentou sua maior crise política, Palocci também foi alvo de denúncias. O ex-ministro foi acusado de praticar irregularidades em seus mandatos como prefeito de Ribeirão Preto e ter recebido propina de uma empreiteira da cidade. Seu irmão, Adhemar Palocci, foi acusado de ter feito caixa dois para o PT em 2004. Palocci também sofreu denúncia de recebimento de dinheiro de Cuba e de empresários angolanos para a campanha de Lula em 2002, além de integrar grupo lobista no caso GTech-Caixa.
Enfim, após Dirceu e Genoíno, o último pino do boliche sinistro do PT caiu. Está certo que, em termos de vergonha, estamos muito bem servidos, afinal são sofridos meses desde que o assessor do nosso nobre ex-ministro e picareta foi flagrado se apossando de dinheiro de propina, também quando das revelações bomba que o ex-deputado Roberto Jefferson fez à CPI dos correios, fatos que resultaram na famosa e precursora da vergonha petista, a CPI dos Correios, que por sua vez trouxe por tabela a do Mensalão, com representantes ilustres do peso de Marcos Valério (aliás, por onde andas?) e de quebra, nosso bravo Congresso nos instaura da CPI dos Bingos, para não dizer que não falamos aqui de flores. Sim, está certo. Tudo se apura, mas curiosamente, nada sai do lugar. O que falta para vermos esta situação deprimente se acabar? Será que é muito querermos um final à la Collor? Não, não é. Os limites da cidadania, da ética, do bom-senso, da normalidade, da vergonha, do ridículo, da palhaçada, já foram, há muito, ultrapassados... pois não é que temos que assistir todos os dias os disparates e absurdos deste partido, que se diz do povo? Não são incríveis as palavras de calma e sabedoria que saem das bocas sujas destes homens? Que triste democracia, meu deus!
2 Comments:
Que Palocci va... mas que fique sua estavel politica economica, que fique a atencao nunca dada antes a programas sociais, que fique claro que dos males, o PT e o pior.
Que fique claro que eu nao defendo tal partido... mas que tambem fique claro que na minha opiniao, esse partido ou oq ainda resta dele e o "MENOS PIOR".
By Anônimo, at terça-feira, 28 março, 2006
e lá se foi o que era o mais equilibrado nessa avalanche de demissões...
Agora me preocupo com o que vai acontecer com a economia... prq apesar de tudo nos mativemos pelo menos estáveis nesses tempos de crise política.
By Anônimo, at terça-feira, 28 março, 2006
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