CRÔNICA – Pudor, o Medo do Inferno Hi Tech.
Por Peu Lucena
Chegamos a um ponto onde os sentimentos e realizações não se completam. Estamos na era do quase. As coisas não se desenrolam, as pessoas não se arriscam, as idéias não ousam. A gente quase fez, quase conseguiu, foi quase bom.
Passamos toda a curta eternidade de nossas jovens vidas criando um monstro sobre as nossas asas do pudor, criamos essa criatura com adrenalina e arrependimento que se revezam no controle de nossas cabecinhas cheias de pudor, passamos toda a vida criando uma coisa tão bela, mas escondida. Criando coragem!
Se Elis Regina estivesse viva ia se desapontar ao ver que não somos como nossos pais. Somos o desenho mais estético e simples do comodismo. Nós penduramos quadros modernos nas mesmas “paredes do pudor” que nossos pais teimavam em derrubar quando jovens.
Existe um medo, uma vontade e um bloqueio que caminham juntos nas cabeças dos pequenos. Não agüento mais ir ao cinema ver filmes do Amodóvar, ou Betolucci e nas melhores cenas ouvir: “Nossa! Ela ta se masturbando. Eca! Ele beijou um cara. Meu Deus! Três pessoas na cama?! Ele lê poesia pro amigo!? Viado! Sapata! Que nojo! Eca! Eca! Eca!”
Quem vocês enganam, meus pobres hipócritas! De que tens medo?! De um julgamento hi tech? Como se na hora do juízo final (como final se eu já morri?!) o diabo puxasse uma pendrive de dois giga do bolso e mostrasse em telão de plasma os slides mais tórridos, perversos e “anormais” da sua vida. E Jesus (pobre Jesus!), apenas com um disquete na mão falasse: sinto muito! Você curtiu demais a sua vida, você experimentou demais o que os outros não achavam certo, você foi muito humano e humanos não entram no céu. Medo de que? Do inferno? Olhem pras suas consciências bloqueadas! Duvido que arda menos que o temível fogo do inferno!
Chegamos a um ponto onde os sentimentos e realizações não se completam. Estamos na era do quase. As coisas não se desenrolam, as pessoas não se arriscam, as idéias não ousam. A gente quase fez, quase conseguiu, foi quase bom.
Passamos toda a curta eternidade de nossas jovens vidas criando um monstro sobre as nossas asas do pudor, criamos essa criatura com adrenalina e arrependimento que se revezam no controle de nossas cabecinhas cheias de pudor, passamos toda a vida criando uma coisa tão bela, mas escondida. Criando coragem!
Se Elis Regina estivesse viva ia se desapontar ao ver que não somos como nossos pais. Somos o desenho mais estético e simples do comodismo. Nós penduramos quadros modernos nas mesmas “paredes do pudor” que nossos pais teimavam em derrubar quando jovens.
Existe um medo, uma vontade e um bloqueio que caminham juntos nas cabeças dos pequenos. Não agüento mais ir ao cinema ver filmes do Amodóvar, ou Betolucci e nas melhores cenas ouvir: “Nossa! Ela ta se masturbando. Eca! Ele beijou um cara. Meu Deus! Três pessoas na cama?! Ele lê poesia pro amigo!? Viado! Sapata! Que nojo! Eca! Eca! Eca!”
Quem vocês enganam, meus pobres hipócritas! De que tens medo?! De um julgamento hi tech? Como se na hora do juízo final (como final se eu já morri?!) o diabo puxasse uma pendrive de dois giga do bolso e mostrasse em telão de plasma os slides mais tórridos, perversos e “anormais” da sua vida. E Jesus (pobre Jesus!), apenas com um disquete na mão falasse: sinto muito! Você curtiu demais a sua vida, você experimentou demais o que os outros não achavam certo, você foi muito humano e humanos não entram no céu. Medo de que? Do inferno? Olhem pras suas consciências bloqueadas! Duvido que arda menos que o temível fogo do inferno!
4 Comments:
Excelente amigo, essa foi bastante reflexiva. Parabéns...
By Anônimo, at terça-feira, 11 julho, 2006
Julgamento Hi Tech de pecados que nem cometos por medo...
SIm! CInema de boa qualidade faz bem aos amigos!
Parabéns Peu!
Linda crônica
By Anônimo, at terça-feira, 11 julho, 2006
Olha o pedro, praticamente o william boner hehehe zuera. ou parabéns!!!
By Anônimo, at terça-feira, 11 julho, 2006
linkei vc no meu blog tbm. MUito bom seu blog. A equipe trabalha muito bem. Meu blog não tem equipe, mas às vezes tem colaboradores. Quem sabe podemos fazer um intercâmbio interessante.
By Martins, at quarta-feira, 12 julho, 2006
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