. DE VISTA - O Super-Geraldinho
Por Carmen Gonçalves
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Geraldo Alckmin mostrou-se uma bela de uma surpresa ao PSDB, seu partido. Ninguém esperava o crescimento do tucano nas pesquisas e, nunca, uma ida ao segundo turno. “Geraldinho” não só surpreendeu na campanha como também possui grandes chances de derrotar Lula nas urnas.
Diz-se que na convenção do PSDB, ocorrida em junho deste ano, Alckmin fora eleito candidato por haver derrotado a candidatura certa de Serra. Mas não. A candidatura de Alckmin era parte de um plano do partido para as eleições de 2010: o tucano deveria perder para Lula, que ficaria até 2010, completamente desgastado. Isto é, se conseguisse ir até o final. Com o cenário político em frangalhos, a democracia a ruir, Aécio Neves, o governador reeleito de Minas Gerais, sairia candidato. Oooooohhhhhhhh, a salvação da pátria. Literalmente. Tudo estaria bem, se Alckmin não tivesse pegado tanto gosto pela coisa...
A verdade é que o PSDB não imaginou que o povo perceberia que o poder fez mal o PT. Chegar ao Planalto fez Lula cercar-se de companheiros sem a menor qualificação para ocuparem ministérios e secretarias importantes. Não há plano de governo ou de crescimento. Nem mesmo na campanha (desde 2002) há referências reais e concretas ao que seja um plano político sério. O PT fez um plano para si próprio, um compromisso do partido com ele mesmo. Lula sustenta-se por representar (ainda) um mito para o povão. E Alckmin sabe disso. O tucanato virou as costas para esses (e outros) detalhes importantes, mas “Geraldinho”, não.
Alckmin traçou um plano de campanha de dar gosto. Não há aqui demonstrações de preferências político-partidárias, há uma breve análise. O candidato reserva do PSDB é quem anda tirando o sono de Lula, isso é fato. Com o auxílio dos marginais do PT, a campanha do tucano emplacou uma votação mais que expressiva no primeiro turno. Alckmin agora assusta seus adversários.
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Diz-se que na convenção do PSDB, ocorrida em junho deste ano, Alckmin fora eleito candidato por haver derrotado a candidatura certa de Serra. Mas não. A candidatura de Alckmin era parte de um plano do partido para as eleições de 2010: o tucano deveria perder para Lula, que ficaria até 2010, completamente desgastado. Isto é, se conseguisse ir até o final. Com o cenário político em frangalhos, a democracia a ruir, Aécio Neves, o governador reeleito de Minas Gerais, sairia candidato. Oooooohhhhhhhh, a salvação da pátria. Literalmente. Tudo estaria bem, se Alckmin não tivesse pegado tanto gosto pela coisa...
A verdade é que o PSDB não imaginou que o povo perceberia que o poder fez mal o PT. Chegar ao Planalto fez Lula cercar-se de companheiros sem a menor qualificação para ocuparem ministérios e secretarias importantes. Não há plano de governo ou de crescimento. Nem mesmo na campanha (desde 2002) há referências reais e concretas ao que seja um plano político sério. O PT fez um plano para si próprio, um compromisso do partido com ele mesmo. Lula sustenta-se por representar (ainda) um mito para o povão. E Alckmin sabe disso. O tucanato virou as costas para esses (e outros) detalhes importantes, mas “Geraldinho”, não.
Alckmin traçou um plano de campanha de dar gosto. Não há aqui demonstrações de preferências político-partidárias, há uma breve análise. O candidato reserva do PSDB é quem anda tirando o sono de Lula, isso é fato. Com o auxílio dos marginais do PT, a campanha do tucano emplacou uma votação mais que expressiva no primeiro turno. Alckmin agora assusta seus adversários.
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Se chegar ao poder, Alckmin fará um bom governo. E um detalhe simples me leva a firmar isso: ele não é um tucano nato. Não me parece que seja o mesmo tipinho de Serra. E nem de Aécio. Aquele sotaque pavoroso, postura de caipira, sorrisinho de fada madrinha, a complacência em pessoa. Não que Alckmin tenha me convencido de que a sua verdadeira identidade seja aquele doido varrido que assisti no debate da TV Bandeirantes. Por perceber diferenças nas origens e na postura de Alckmin, algo me leva a crer que ele romperá com parte da política neo-liberal extrema do seu partido, se for eleito. E, pelo visto, não só eu. Algumas dezenas de milhões de brasileiros também.
7 Comments:
Não sei, tenho minhas dúvidas!
A postura elitista e de privatizações ainda me levam ao receio...
By Anônimo, at sábado, 14 outubro, 2006
Privatização é saudável para a economia, se for feita com transparência e sem compadrismos. O problema é que as privatizações brasileiras foram feitas ignorando isso.
O Estado não tem como ser todo-poderoso e responsável por tudo, por mais que os teóricos socialistas/comunistas tentem dizer que sim.
Alckmin é mais bem preparado do que o Lula, e ainda por cima está indo contra o próprio PSDB, que havia escolhido-o para perder a eleição, só pra não dizerem que não haviam participado.
Agora, fica essa saia justa entre petistas e tucanos, que já estavam preparados para ter Lula em 2006 e Aécio em 2010 e agora vão ter que aguentar o "chuchu que virou pepino", nas palavras de um autor que agora esqueci o nome.
Alckmin merece meu voto por esse simples fato: De ter mandado à merda (perdoem a expressão) ambos os partidos. Eu aprecio esse gesto.
Ah, e quanto à postura elitista, lamento se você acha que falar corretamente e não criar programas e bolsas auxílio viciantes para miseráveis seja elitista.
Os programas do Lula ajudam o cidadão a sobreviver (embora isso seja discutível), mas o cidadão só continua neles enquanto for miserável. Assim, se ele deixar de ser miserável algum dia, sai do programa e volta a ser miserável de novo. aí, entra no programa outra vez :P Não é lindo???
By Anônimo, at sábado, 14 outubro, 2006
Anônimo falou tudo.
Só queria mirar o holofote para a asneira (não achei palavra mais leve) que a autora disse ao classificar a postura do PSDB como "política neo-liberal extrema".
Em nenhum canto do mundo o PSDB é classificado como um partido de uma vertente "neo-liberal extrema". Apenas nessa alucinação latino-americana estatólatra. O próprio processo de privatização - usado pela esquerda burra (pleonasmo?) e desinformada que reina absoluta no Brasil - é a prova cabal disso. O que houve, como o anônimo disse, foi uma mudança de status apenas da grande maioria das estatais privatizadas para gerarem lucro pros mesmos donos (tirando Embraer e Telessauro), com falta de transparência e tapinha nas costas durante os leilões.
Isso não é Social-Democracia (PSDB) muito menos Liberalismo (PFL). É prática de Brasil-Colônia. Antes fosse neo-liberal extremo como era o governo Thatcher que reciclou totalmente a economia inglesa. A questão é que alguns políticos do PSDB conseguem se desatar dessas práticas jurássicas estatizantes (ou farsantes, como mostradas no parágrafo acima) defendidas pelo setor oligárquico e pela esquerda burra e hipócrita que defende estatais que em sua maioria foram fundadas nos tão criticados "anos de chumbo".
De resto, o Anônimo ja disse tudo.
By 'raphael, at domingo, 15 outubro, 2006
Direito de resposta de Rafael Aguiar:
http://abrigopolar.blogspot.com/
By Anônimo, at domingo, 15 outubro, 2006
Um blog jornalístico teria que ser isento de opinião, deveria informar sem demosntrar as preferências de partido ou canditado do autor do texto. O que não vem acontecendo aqui quando o assundo é política!
By Anônimo, at segunda-feira, 16 outubro, 2006
Discordo. Não acho que o texto postado seja partidarista. Enfim... Aqui vai a minha opinião, não existe mais direita nem esquerda. Como disse o Cristovam os candidatos à presidência são apenas paulistas. Que triste pro país!
By Anônimo, at segunda-feira, 16 outubro, 2006
Nada mais logico que um texto com a retranca PONTO DE VISTA, emita o ponto de vista de quem o escreveu!
By Anônimo, at segunda-feira, 16 outubro, 2006
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