ECONOMIA - "Brasil cometeu um erro estratégico"
Por Dannyele Bernardes
Foi com essa frase que, nosso digníssimo presidente se referiu a nossa dependência sobre uma única fonte de gás natural. Nossa auto-confiança está em baixa, e Lula finalmente se tocou que não é apenas com um “jeitinho brasileiro” que irá convencer Morales a um acordo que já não prejudique tanto ao Brasil. Juntando uma baita comitiva, para a tal reunião de acordo.
Lula disse (03/05/06): “ Não tenho essa preocupação. Nós temos um contrato para 19 anos”. E vejam, mais uma vez, nosso presidente se contradiz!
Longe de ser auto-suficiente no gás
Segundo nossa própria estatal (a Petrobrás), o volume de importações deve ser crescente para dar conta do aumento do consumo nacional, e não há a menor perspectiva que seremos auto-suficientes em gás natural...
As projeções feitas, dizem que o consumo deve chegar em torno dos 115 milhões de metros cúbicos por dia, em quatro anos. E a pretensão era de importar 45 milhões de metros cúbicos, por dia, em 2010, sendo a maior parte da Bolívia.
Lembrando que temos uma total dependência do gás Boliviano, mais de 50% do consumo é oriundo da Bolívia. Sendo no estado de São Paulo, a maior utilização que é de 70%; acho que ainda é motivo para preocupação...
A Nacionalização, e nossa “indignação”
Ultimamente só se vê críticas ferrenhas ao que se diz da nacionalização. Uns dizem, “Brasil perde para Bolívia”, outros “Isto é expropriação”, e em certas enquetes, estão ganhando aquelas que são contra essa tomada de atitude (nacionalização), mas ainda creio que a frase mais correta, digna de uma verdadeira crítica, é a que está em pauta, óbvio.
E também, não adiantar meter o pau em Hugo Chavéz... Isso mais cedo ou mais tarde iria acontecer, e teríamos feito o mesmo se estivéssemos no lugar deles. Não vamos chegar em lugar nenhum, com um pensamento sofista, de que tudo "só é bom se for pra nós mesmos".
A inabalável Petrobrás
Nossa estatal, que estava numa tranqüilidade dubitável até então, não aceitará uma eventual proposta da Bolívia sobre um aumento no preço. A Petrobras – que negou a possibilidade de dar o fora da Bolívia – tem um argumento para que não haja o tal aumento: de que em 2003, foi proposto a eles uma redução dos preços, e a Bolívia se recusou. Então o Presidente da Petrobrás, afirmou que se for proposto um aumento, “nós é que recusaremos”. Este, também anunciou a desistência da Petrobras de participar de uma expansão, que estava em andamento, do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) .
Bem se vê, que a Petrobrás está com o "pé atrás", e não sabe muito bem o que fazer. E para não dar o braço a torcer, disseram que perderiam muito menos do que o U$S 1,5 bilhão, no caso da nacionalização das refinarias. Também disseram que não afetaria sequer em suas finanças. Mas a pergunta (que fariamos) é: se no Brasil, auto-suficiente,o preço da gasolina já é absurdo, imaginem agora o gás?
Muita água vai rolar...
CONFIRA AS "NOTAS QUENTES" PUBLICADAS A QUALQUER MOMENTO PELA EQUIPE HB, ACESSE:
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Foi com essa frase que, nosso digníssimo presidente se referiu a nossa dependência sobre uma única fonte de gás natural. Nossa auto-confiança está em baixa, e Lula finalmente se tocou que não é apenas com um “jeitinho brasileiro” que irá convencer Morales a um acordo que já não prejudique tanto ao Brasil. Juntando uma baita comitiva, para a tal reunião de acordo.
Lula disse (03/05/06): “ Não tenho essa preocupação. Nós temos um contrato para 19 anos”. E vejam, mais uma vez, nosso presidente se contradiz!
Longe de ser auto-suficiente no gás
Segundo nossa própria estatal (a Petrobrás), o volume de importações deve ser crescente para dar conta do aumento do consumo nacional, e não há a menor perspectiva que seremos auto-suficientes em gás natural...
As projeções feitas, dizem que o consumo deve chegar em torno dos 115 milhões de metros cúbicos por dia, em quatro anos. E a pretensão era de importar 45 milhões de metros cúbicos, por dia, em 2010, sendo a maior parte da Bolívia.
Lembrando que temos uma total dependência do gás Boliviano, mais de 50% do consumo é oriundo da Bolívia. Sendo no estado de São Paulo, a maior utilização que é de 70%; acho que ainda é motivo para preocupação...
A Nacionalização, e nossa “indignação”
Ultimamente só se vê críticas ferrenhas ao que se diz da nacionalização. Uns dizem, “Brasil perde para Bolívia”, outros “Isto é expropriação”, e em certas enquetes, estão ganhando aquelas que são contra essa tomada de atitude (nacionalização), mas ainda creio que a frase mais correta, digna de uma verdadeira crítica, é a que está em pauta, óbvio.
E também, não adiantar meter o pau em Hugo Chavéz... Isso mais cedo ou mais tarde iria acontecer, e teríamos feito o mesmo se estivéssemos no lugar deles. Não vamos chegar em lugar nenhum, com um pensamento sofista, de que tudo "só é bom se for pra nós mesmos".
A inabalável Petrobrás
Nossa estatal, que estava numa tranqüilidade dubitável até então, não aceitará uma eventual proposta da Bolívia sobre um aumento no preço. A Petrobras – que negou a possibilidade de dar o fora da Bolívia – tem um argumento para que não haja o tal aumento: de que em 2003, foi proposto a eles uma redução dos preços, e a Bolívia se recusou. Então o Presidente da Petrobrás, afirmou que se for proposto um aumento, “nós é que recusaremos”. Este, também anunciou a desistência da Petrobras de participar de uma expansão, que estava em andamento, do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) .
Bem se vê, que a Petrobrás está com o "pé atrás", e não sabe muito bem o que fazer. E para não dar o braço a torcer, disseram que perderiam muito menos do que o U$S 1,5 bilhão, no caso da nacionalização das refinarias. Também disseram que não afetaria sequer em suas finanças. Mas a pergunta (que fariamos) é: se no Brasil, auto-suficiente,o preço da gasolina já é absurdo, imaginem agora o gás?
Muita água vai rolar...
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