terça-feira, janeiro 30, 2007
segunda-feira, janeiro 01, 2007
outrOOlhar - Lost, Versão Brasileira
Dia de um tripulante na Era Vôos Atrasóica
Por Suely Frota
Na segunda – feira, 18 de dezembro, ao tentar embarcar com destino à Fortaleza, o ambiente do salão de embarque do aeroporto de Brasília me inspirou a escrever uma crônica.
Esperei uma hora e meia para finalmente o avião resolver decolar. O salão de embarque estava comparável com o seriado americano Lost. Pessoas desconhecidas, umas calmas, outras desesperadas, perdidas, sem saber o que fazer, mas todas com um único objetivo: saírem de onde estão e chegarem VIVAS aonde pretendiam chegar. De vez enquanto, vozes do além avisavam que o vôo atrasou alguns minutos. Atrasavam horas.
Por um momento também me senti numa biblioteca. Sabe como é né? Nessas ocasiões cada um se vira como pode. Uns liam revista Contigo, outro mergulhava nos mistérios de Agatha Christie e outros preferiam ler gibis com os filhos. Alguns nem se deram o trabalho de ler nada, acredito que se concentravam no sonho de sair daquele salão o mais rápido possível.
Antes de ir ao aeroporto recebi alguns conselhos de um ente querido, ele dizia: “cuidado, se vir um legacy avisa para a aeromoça”, antes de sentar, vai na cabine do piloto e pede para ele ligar o transponder hein?”. Morri de rir quando escutei, mas eu sabia que aqueles conselhos não eram nada mais nada menos do que preocupação.
Viajar de avião agora é sentir-se um Lostiano, conviver com pessoas desconhecidas, que você nunca viu na vida, não saber quando e que horas vai sair de onde está, e claro, rezar pra sair vivo.
Na segunda – feira, 18 de dezembro, ao tentar embarcar com destino à Fortaleza, o ambiente do salão de embarque do aeroporto de Brasília me inspirou a escrever uma crônica.
Esperei uma hora e meia para finalmente o avião resolver decolar. O salão de embarque estava comparável com o seriado americano Lost. Pessoas desconhecidas, umas calmas, outras desesperadas, perdidas, sem saber o que fazer, mas todas com um único objetivo: saírem de onde estão e chegarem VIVAS aonde pretendiam chegar. De vez enquanto, vozes do além avisavam que o vôo atrasou alguns minutos. Atrasavam horas.
Por um momento também me senti numa biblioteca. Sabe como é né? Nessas ocasiões cada um se vira como pode. Uns liam revista Contigo, outro mergulhava nos mistérios de Agatha Christie e outros preferiam ler gibis com os filhos. Alguns nem se deram o trabalho de ler nada, acredito que se concentravam no sonho de sair daquele salão o mais rápido possível.
Antes de ir ao aeroporto recebi alguns conselhos de um ente querido, ele dizia: “cuidado, se vir um legacy avisa para a aeromoça”, antes de sentar, vai na cabine do piloto e pede para ele ligar o transponder hein?”. Morri de rir quando escutei, mas eu sabia que aqueles conselhos não eram nada mais nada menos do que preocupação.
Viajar de avião agora é sentir-se um Lostiano, conviver com pessoas desconhecidas, que você nunca viu na vida, não saber quando e que horas vai sair de onde está, e claro, rezar pra sair vivo.