Horário de Brasília

sábado, agosto 12, 2006

CRÔNICA - Aos cretinos fundamentais do DETRAN

Por Dannyele Bernardes
Venho aqui vos apresentar uma nova moda: a moda da multa! Sim meus queridos, uma adequação imposta, que tem por seus adeptos quase todos os brasilienses (motoristas, claro!). Jogue a primeira pedra, quem ainda não levou uma multa, seja por excesso de velocidade, furar o sinal vermelho, não parar na faixa de pedestre, ou mesmo uma que não conhecia (e tive o privilégio de me deparar): estacionar na pista de rolamento impedindo a movimentação (lembrando que na mesma, não havia placa de “proibido estacionar” e nenhum carro ao lado).

Pois bem, há várias tipologias, e observemos, meus caros leitores, tal imaginação imensurável para as “tipificações de infrações” (quanto eles devem ganhar fazendo isso?). Ah! Você vem me dizer que não tem nenhuma multa? De certo, não é motorista, ou não dirige... Quem nunca teve o privilégio de participar de um engarrafamento tentando estacionar no Setor Comercial Sul? Ou nos Setores Bancários, ou até mesmo nos anexos dos Ministérios, se bem que lá, não costumam multar muito (será por que?!).

Brasília é uma benção. Se você ultrapassar a velocidade da via, tem sempre um motorista muito generoso, que vai fazer o favor de te lembrar, esticando o braço por fora da janela e apontando para placa. Ou aqueles que vêm das pistas que dão acessos às principais, e fazem questão de andar bem abaixo da velocidade da via, na sua frente, quando você está com pressa para aquela reunião de trabalho, estando a um passo do desemprego.

Nossos cretinos fundamentais são precisos: Escolhem, minuciosamente, local, data, hora e pronto! A chacina está armada: São motoristas desesperados tirando carro de um lado, os já multados propondo um “acerto”, e aqueles que chegam depois da festa, e vêem seus veículos com um simples papel, grudado ao vidro, de certo pensando “ah, mais um papelzinho de publicidade...”, quando se deparam com a poderosa (digo poderosa, porque tem o poder, se nos tirar do sério), só lhes restam debulhar em lágrimas, e chorar pelos reais a menos no próximo pagamento. Há quem diga: “estão fazendo de um tudo para usurpar nosso dinheiro”, o que não deixa de ser verdade, mas se formos avaliar todos as formas de roubo (ou “rombo”) de dinheiro público, estaríamos cansados só em ler esta matéria.

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