Horário de Brasília

quinta-feira, abril 06, 2006

CULTURA: Músicas velhas com músicos novos.


Por Gabriela Rocha

Quando ouvimos os nomes Jazz, Blues, Soul, Rock assimilamos logo a antigos ritmos, músicas de décadas há muito vividas.
Mas isso não é completamente verdadeiro, o velho virou vintage e muitos músicos, na casa dos vinte e poucos anos, pregam com muito amor e dedicação esses sons que podem soar estranhos em uma época tão eletrônica quanto a que vivemos.
Começando pelo Rock, que estava cada vez mais distorcido e misturado, vieram de Nova York os Strokes. Responsáveis pelo revival do rock de garagem e a repopularização do som cru e limpo. Julian Casablancas (28) e sua banda, que conta com o baterista meio brasileiro Fabrizio Moretti (26), soam em muitas músicas quase nostálgicos, comparados por alguns críticos com o estilo dos primeiros singles dos Beatles.
Da potente voz da britânica Joss Stone (18, isso mesmo 18!) temos o arranjo soul das divas, muito influenciada pela grande Aretha Franklin, vale a pena ouvir a melodia simples e a incrível amplitude vocal da cantora que se contrapõem a toda produção e mixagem das atuais “divas pop”. Sugiro, Dirty Man do álbum The Soul session no qual o instrumental é quase acessório e o grande brilho da música é a voz maravilhosa de Joss.
Espelhando-se em repertórios como os de Ray Charles e Buddy Guy temos John Mayer (28) que renunciou seu status de cantor de letras doces e meigas para mergulhar profundamente no Blues. Em seu novo trabalho, denominado John Mayer Trio, o americano aposta em longos solos de guitarra, demonstrando toda sua habilidade com o instrumento e regravando alguns dos maiores clássicos do blues como I don´t need no doctor de R. Charles.
E ainda desconhecido no Brasil, o britânico Jamie Cullum (26), que com uma voz seca e grave traz o Jazz em uma roupagem moderna flertando em alguns pontos com o rock e até com o eletrônico. É a grande promessa para expor ao público jovem o estilo marcante e grandioso do jazz que foi tão popular nas décadas de 20 e 30.
E assim, nós jovens, ouvimos “músicas velhas” em versões um pouco mais contemporâneas (mas sempre mantendo a identidade musical) produzidas por cantores de nossa geração nos proporcionando contato com os grandes estilos sem encararmos como algo datado ou fora de moda.



CONFIRA O QUE ESTÁ ACONTECENDO AGORA NO BRASIL E NO MUNDO , ACESSE:
As últimas do HORÁRIO

2 Comments:

  • talvez ai esteja uma alternativa para que os classicos nao caiam no esquecimento como acontece, por exemplo, no Cinema!!!

    By Anonymous Anônimo, at quinta-feira, 06 abril, 2006  

  • Talvez seja a solução pra grandes canções não cairem no esquecimento... Mas existem certas músicas antigas q são insubstituíveis e únicas e c uma roupagem moderna faz dela se tornar mais popularizada...
    :)

    By Anonymous Anônimo, at quinta-feira, 06 abril, 2006  

Postar um comentário

<< Home