Horário de Brasília

domingo, setembro 24, 2006

E-DITORIAL: Se o assunto é cinema...

Por Peu Lucena
...falemos de cinema! Falemos do que o mundo nos deu de melhor até agora. Não, não há noite de sexo nem barra de chocolate que provoque mais arrepios e emoções em um ser humano do que um bom filme.

Essa semana não foram publicados textos políticos, econômicos ou denunciativos. Foi a semana do cineminha. A falta de temas “sérios” (não que o cinema não seja) deve ter tranqüilizado uma meia dúzia que se incomodou com as críticas feitas pelo blog. Peço desculpas àqueles que ainda têm alguma noção de mundo. Os textos críticos voltarão.

Atendendo a pedidos, hoje serei alegre, feliz, engraçado e complacente em minha redação. O tom denunciativo do último E-DITORIAL foi taxado como escandaloso, cataclísmico, perverso, revoltoso, apocalíptico, tenebroso, asqueroso. Abominável homem das trevas, sou eu! Buuuu...!

Sem mais delongas, vamos ao que interessa. É realmente fascinante o poder do cinema em nossas vidas, o modo como diretores conseguem transformar nosso mundo por cerca de duas ou mais horas. Não vivemos no auge cinematográfico, definitivamente não. Mas estamos em uma época de diretores geniais – citados honrosamente semana passada nos textos do blog – que começam a quebrar o padrão cinematográfico criado em Hollywood.

Um grande exemplo desse tipo de direção é o trabalho feito por David Lynch. A vida e trabalho do autor foram abordados na matéria da semana passada de Rafael Aguiar. O genialismo e a linguagem de Lynch são ferramentas super em voga no atual processo de reconstrução do cinema. Um autor cujas obras devem ser vistas por todos, apocalípticos ou não.
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Se quer se anestesiar diante dos problemas e das mazelas do mundo, respeitável público, pelo menos façam isso com o que esse mundo já lhes ofereceu de melhor, o cinema! Vista seu melhor moletom, encha um balde de pipocas e assista a filmes, bons filmes por favor. Reflita sobre o que enxergar de melhor, busque alegria. Mas saiba que os problemas e mazelas do mundo, reproduzidos pela sétima arte, vão muito além da sua poltrona confortável e da tua bela tv de plasma.

7 Comments:

  • TV de plasma! Ih, ó o cara aí! Hahaha... Confesso, apesar de grato pela menção do artigo, pela satisfação em si de tê-lo feito e de gostar mais do que antes da indústria cinematográfica, que não aprecio filmes. Bom, o tanto que os aprecio é uma migalha perante a onda que todos fazem em cima de qualquer obra fajuta, qualquer lançamento chinfrim, não sei o que é. Talvez nunca descubra a sétima arte dentro do meu criticismo idiossincrático. Prefiro livros, prefiro livros...

    By Anonymous Anônimo, at segunda-feira, 25 setembro, 2006  

  • é... vc pode ser cri-cri, mas tem argumentos interessantes..... =D gostei!

    By Anonymous Anônimo, at segunda-feira, 25 setembro, 2006  

  • Filmes ou livros? Essa é uma discussão ultrapassada a meu ver. São linguagens diferentes. Não existe comparação. Se soubermos usufruir o melhor de ambas, podemos ter um ponto de vista crítico mais aprofundado tanto nos meios audio-visuais, quanto nos que se utilizam da escrita. Podemos inclusive associá-los em busca de novos tipos de reflexões. Numa sociedade em que a formação é basicamente audiovisual, temos que ter consciência da deficiência da falta de leitura, mas não podemos menosprezar a importância dos meios audiovisuais. O cinema, serve como entretenimento, objeto reflexivo e alternativa de aprofundamento no campo audiovisual. Num mundo com opções diversas de acesso à informação, não devemos desqualificar os diferentes meios ou fazer comparações de um em detrimento de outro. Em meio a essa diversidade, o melhor caminho é tentar compreender as particularidades e as vantagens que cada um pode oferecer, afim de não nos excluírmos de nenhum processo que esteja inserido na comunição ou na arte da sociedade atual.

    By Anonymous Anônimo, at quarta-feira, 27 setembro, 2006  

  • Filmes ou livros? Essa é uma discussão ultrapassada a meu ver. São linguagens diferentes. Não existe comparação. Se soubermos usufruir o melhor de ambas, podemos ter um ponto de vista crítico mais aprofundado tanto nos meios audio-visuais, quanto nos que se utilizam da escrita. Podemos inclusive associá-los em busca de novos tipos de reflexões. Numa sociedade em que a formação é basicamente audiovisual, temos que ter consciência da deficiência da falta de leitura, mas não podemos menosprezar a importância dos meios audiovisuais. O cinema, serve como entretenimento, objeto reflexivo e alternativa de aprofundamento no campo audiovisual. Num mundo com opções diversas de acesso à informação, não devemos desqualificar os diferentes meios ou fazer comparações de um em detrimento de outro. Em meio a essa diversidade, o melhor caminho é tentar compreender as particularidades e as vantagens que cada um pode oferecer, afim de não nos excluírmos de nenhum processo que esteja inserido na comunição ou na arte da sociedade atual.

    By Anonymous Anônimo, at quarta-feira, 27 setembro, 2006  

  • Concordo parcialmente. Ainda que quase tudo que tenha dito proceda, não hesito em afirmar ser possível essa comparação: gosto mais de livros que de filmes! Se disseres que nada têm a ver um com o outro, digo que não precisa: "prefiro comer lasanha a andar de bicicleta" é uma afirmação válida, e veja que o passatempo preferido do gato Garfield não se relaciona com o ato de pedalar, algo bem atlético ! ;)

    Deixando de viajar um pouquinho, veja as adaptações de livros clássicos para o Cinema: Senhor dos Anéis, Blade Runner, 1984... É, não adianta. Lendo é muito mais gostoso!

    By Anonymous Anônimo, at quarta-feira, 27 setembro, 2006  

  • Continuo afirmando, são linguagens diferentes... Concordo, que podemos falar prefiro comer uma fruta a ir à praia, mas acredito que quando a comparação é feita dentro do mesmo contexto se torna mais válida. Prefiro filmes expressionistas a realistas, gosto mais de um determinado gênero de literatura do que de outro; a comparação se torna mais concreta, com maior embasamento. Adaptações de livros são sempre muito questionadas, por causa da diferença da linguagem. Ao invés de se falar prefiro o livro do que o filme, acho que deveria se comparar o filme com outros filmes que também foram adaptados. Faz mais sentido e a discussão sai do âmbito do gosto pessoal, para o de análise.

    By Anonymous Anônimo, at quinta-feira, 28 setembro, 2006  

  • É, eu li só agora, mas tinha dado o exemplo, em sala, dos gêneros. O que nos faça refletir está valendo. Odeio porcaria bonita plasticamente!

    By Anonymous Anônimo, at sexta-feira, 29 setembro, 2006  

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