Horário de Brasília

sexta-feira, setembro 15, 2006

ON LINE - Mais frio do que nunca

Por Gabriela Rocha
Internet: um conglomerado de redes em escala mundial de milhões de computadores interligados que permite o acesso a informações e todo tipo de transferência de dados.

É um meio sem leis, onde todos podem fazer o que quiser, perigoso por esconder a identidade da pessoa que está do outro lado... Isso todos nós sabemos! O difícil é refletir o quanto essa ferramenta mudou a sua, a minha, a nossa vida!

Nascida praticamente sem querer nos tempos remotos da Guerra Fria com o nome de ArphaNet, objetivo: comunicação das bases militares dos Estados Unidos, mesmo que o Pentágono fosse riscado do mapa por um ataque nuclear. Quando a Guerra Fria passou a ArphaNet tornou-se tão sem utilidade que os militares já não consideravam importante mantê-la sob sigilo. Assim, permitiu-se o acesso aos cientistas que, mais tarde, cederam à rede para as universidades e assim sucessivamente. Até se tornar artigo de primeira necessidade para a maioria de nós.

Quantos trabalhos dependem exclusivamente dela? Quantas coisas não usamos mais? Alguém se lembra de enciclopédias? Aquela coleção de livros que ficava na estante já são quase artigo de museu. Os mais afoitos já declaram o fim do jornal e dos livros, que segundo estes, em breve, ganharão suas versões exclusivamente digitais.

Mas o que mais a internet revolucionou, pessoalmente, foi a comunicação. Antes se reservavam as horas da noite para interurbanos com os amigos que moravam longe e antes ainda, cartas para contar as novidades. Hoje, não importa se o outro está na Rússia ou na mesa ao lado, usamos as mesmas ferramentas para passar horas a conversar, ou teclar...

Alguns se isolam tanto nesta “bolha virtual” que já não olham em volta, perdem a noção que fora do virtual existe o real, e passam a viver exclusivamente neste mundo ciberbernético de megas e gigas. Já se pode fazer tudo neste meio, de compras de livros a pedidos do Mc donalds eliminando assim qualquer tipo de contato pessoal, de olho no olho.

E é sobre essa estranha relação (se é que podemos chamá-la disso ) que a produtora Estúdio Capital filmou seu primeiro curta metragem ficcional, “Não te conheço de algum lugar?”, que concorre no Festival Regional do Minuto. Tendo como linha principal a interação estritamente virtual de um casal, que como eu ou você, vive neste mundo tão frio e individualista, que a modernidade gerou. Então, assista ao filme! Quem sabe, de alguma forma, “a carapuça sirva” e, em alguém que, neste momento, está aí sentado, sozinho, a frente do computador desperte a vontade de resgatar a melhor coisa do convívio em sociedade, o contato. Sentir o toque, o cheiro, o gosto... Como dizemos para as crianças: Vão brincar lá fora! Saia de dentro de casa, menino!
Não te conheço de algum lugar?

http://www.youtube.com/watch?v=6aLiTit9hD0

4 Comments:

  • O sentimento é de medo e duvida do que nos espera num futuro muito próximo... para onde estamos indo?

    By Anonymous Anônimo, at sexta-feira, 15 setembro, 2006  

  • Muito boa essa materia. Realmente ninguem mais sabe consultar um livro, nem um dicionario, nem mesmo ir a uma biblioteca e ter o prazer de pesquisar..agora tudo e na internet.. Esse sera o nosso futuro.. Mas a pergunta é como sera esse futuro?
    Muito bom texto.

    Priscila Sousa.

    By Anonymous Anônimo, at sexta-feira, 15 setembro, 2006  

  • Boa matéria! Parabéns... boa escrita, bom conteúdo, texto leve e bom de ler!!

    By Anonymous Anônimo, at sexta-feira, 15 setembro, 2006  

  • É inevitável.

    By Anonymous Anônimo, at segunda-feira, 18 setembro, 2006  

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