Horário de Brasília

terça-feira, abril 11, 2006

CINEMA – A Máquina

Por Peu Lucena


Surpreendente!
Apesar da divulgação digamos, encima da hora, do elenco parte famoso parte desconhecido e dos boatos de que o filme seria um surrealismo louco e desmedido, “A máquina” não deixou de surpreender.
Sim, a fotografia do filme pode ser chamada de surrealista, o que a torna indescritivelmente bela, o tema pode ter girado em torno de nordestino, algo supostamente batido, mas não, o plano de fundo (bem ao fundo) era nordestino, mas tratado com a delicadeza e simplicidade merecido. Os atores estavam ótimos, o enredo é admirador, mas o que realmente conquista o público é o encanto das cenas e a poesia das falas.
Com uma trilha sonora irresistivelmente boa, as falas soam como poesia, uma espécie de cordel, e os gestos expressavam uma emoção típica de contos de fada. Tudo isso se entrelaçou em um filme com uma essência completamente diferente e mágica de tudo o que circula atualmente no mercado. Um cordel louco que nos leva e nos emociona por sacadas e críticas subliminares. Há! Crítico, o filme é muito crítico e sutil. Bate com luvas na imprensa. Sacadas ao ponto que mastigam na nossa cara, o que antes só cogitávamos ser uma verdade.
Vale muito a pena conferir!