MUNDO - O gênio, pessoas e o bosque
Grisha, prodígio russo da matemática, causou esta semana maior burburinho entre a comunidade científica. Após resolver um dos mais célebres problemas matemáticos, a conjectura de Poincaré, Grisha desapareceu do mapa.
Por Carmen Gonçalves
Grigori Perelman, seu nome de batismo, apresentava a personalidade típica de um gênio moderno. Introspectivo, esquisito, sem a mínima vaidade, mas boa pessoa, tinha amores platônicos e romantismos do tipo. Perelman poderia circular pelas ruas de São Petersburgo a ponto de ser confundido com qualquer outro mortal até bem pouco tempo atrás. Recentemente, a União Matemática Internacional divulgou que ele seria o grande vencedor da Medalha Fields, levaria uma bolada de uns milhões e, certamente, não teria mais sossego. Claro, imagina se o gênio que desvendou um problema matemático de mais de 100 anos de mistério teria sossego!
.
Era demais para Grisha, que desapareceu há pelo menos um mês. Nem seqüestro, nem morte, nem drogas.... Grisha cansou. Recentemente, foi visto caminhando pelas florestas escuras e quase sem presença. humana nos arredores de São Petersburgo.
Viver seguindo a luz no fim do túnel é o que acontece hoje em todos os cantos do mundo. Toda forma de vida gira em torno do que se pode adquirir ou em quanto se pode ganhar. No século que marcou a liberdade de pensamento e expressão, com a vitória da comunicação em massa, valores passam desapercebidos e um surto de pânico é fatal, chega a ser previsível.
Síndrome do pânico, transtorno obsessivo compulsivo, depressão, sem falar de mania de perseguição, medo de escuro, de ficar sozinho, de tudo! Olhar para um homem, coisinha assim mais mal encarada, e pronto! “Ele tem um canivete debaixo da camisa pra me acertar!” Hoje em dia o comum, diria até o “correto”, é imaginar que as pessoas farão mal umas às outras.
Viver seguindo a luz no fim do túnel é o que acontece hoje em todos os cantos do mundo. Toda forma de vida gira em torno do que se pode adquirir ou em quanto se pode ganhar. No século que marcou a liberdade de pensamento e expressão, com a vitória da comunicação em massa, valores passam desapercebidos e um surto de pânico é fatal, chega a ser previsível.
Síndrome do pânico, transtorno obsessivo compulsivo, depressão, sem falar de mania de perseguição, medo de escuro, de ficar sozinho, de tudo! Olhar para um homem, coisinha assim mais mal encarada, e pronto! “Ele tem um canivete debaixo da camisa pra me acertar!” Hoje em dia o comum, diria até o “correto”, é imaginar que as pessoas farão mal umas às outras.
Tudo, todo e qualquer mal que o homem apresenta hoje, vem dessa psicose. Trabalhar até a exaustão, estudar pra ser o melhor, resolver coisas (milhares!), depois vem o gerente do banco, trânsito de enlouquecer e por aí o dia segue de mal a pior. É impossível que o homem moderno saiba viver bem. Salvo raras exceções, todos passam pelo processo de lavagem cerebral desde que nascem. Aprendem todos os macetes de como ter uma vida de cão e seguem em frente. Até quando der. Ocidente ou oriente, de qualquer lado que se olhe a pressão sobre o homem moderno é de enlouquecer. Os meninos ali no sinal, ou as vítimas africanas da Aids que me perdoem, mas, às vezes, chego a pensar se não somos nós os marginalizados. Pergunto-me se não existem outras vítimas além da linha da miséria.
Quem sabe aqui pela minha vizinhança não tenha um bosquezinho pra eu me esconder durante uns dias, não é mesmo?
P.s..... apesar do surto do gênio, vale a pena conferir do que se trata a conjectura de Poincaré. Um site que pode ajudar é o http://www.mathworld.com/.
1 Comments:
Sou partidário da Teoria do Inferno. Já estamos nele, mas o pior é que é psicológico e indomável. Eu preferiria o castigo físico, honestamente.
By Anônimo, at sexta-feira, 25 agosto, 2006
Postar um comentário
<< Home