Horário de Brasília

segunda-feira, abril 17, 2006

DENÚNCIA – Devastação sem Barreiras.

Por Peu Lucena


Depois de devastadas gigantescas fatias de cerrado do centro-oeste e do norte do país, as monoculturas chegam ao nordeste com força total.
É exatamente o que está acontecendo na região de Barreiras no extremo oeste da Bahia. Impulsionados pelas condições perfeitas para o plantio de soja, algodão e café – terras de cerrado, muito planas, chuvas regulares e composição do solo de fácil correção – agricultores compram e devastam o bioma mais rico do planeta.
Impulsionados pelos preços das terras baianas, pequenos agricultores sulistas estão trocando seus lotes no sul do país por latifúndios no nordeste, passando de camponeses a milionários. Tal fenômeno tem ocorrido de tal forma que cidades basicamente habitadas por gaúchos estão surgindo da noite para o dia em pleno cerrado, como é o caso de Luis Eduardo Magalhães, situada a 200 km da divisa BA – GO e a 100 km da cidade de Barreiras.


Dados

A região vem ganhando destaque nacional porque realmente apresenta números impressionantes em relação ao resto do nordeste. Eis alguns deles: a região de Barreiras é responsável pela produção anual de 2,5 milhões de toneladas de grãos, só a produção de algodão pulou de 18 para 110,86 mil toneladas em apenas 3 anos, a mesma região é responsável por 18% do faturamento da Case do Brasil, fabricante de máquinas agrícolas.

Crime

Porém todo esse crescimento e essa riqueza são construídos por meio de muita devastação e depredação do cerrado. Recentemente a cidade andou na pauta dos telejornais por se ter desmontado um esquema de compra de autorizações falsas do IBAMA, documentos esses que permitiam ilegalmente o total desmatamento da vegetação. A região do nordeste com a mais rica bacia hidrográfica tenta, sem sucessos, comportar centenas de pivôs que sugam a água dos rios para as plantações. Certas propriedades possuem cerca de 25 a 30 desses pivôs, detalhe, cada um custando em média um milhão de reais.
A região com inúmeras cachoeiras, grutas, e belos rios não conta com nenhuma reserva ecológica ou parque nacional. Demoram-se alguns anos para que milhares enriqueçam, que cidades cresçam e paisagens sejam transformadas, mas demoram-se desenas, ou até centenas de anos para que esquemas como o citado sejam desmontados, ou que alguma política ambiental seja adotada
.



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2 Comments:

  • Fala equipe HB...
    ja descansamos, ja passeamos, ja cadaveramos e pscinamos... agora vamo divulgar esse site neh gente!
    Um beijo...
    su, expansao sem detonar com o cerrado ne filhinha... e que da pra conciliar da... e so querer...

    By Anonymous Anônimo, at segunda-feira, 17 abril, 2006  

  • Aee Peu parabéns amigo!!!!
    bt mta feh....tb ia fazer um blog com uma galera mas naum deu certo...=/
    bjaum=]saudades e eh isso ae vamos denunciar!!!

    By Anonymous Anônimo, at segunda-feira, 17 abril, 2006  

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