DENÚNCIA - Rofecoxib, MSD. O alucinógeno - O caso VIOXX
"As amigdalas doem. Tomo comprimidos de Vioxx de 50 mg. Durmo e entro em um mundo estranho.Chiqueiros, samambaias, mesas de escritório, a redação de um telejornal fervendo, gramados verdejantes, seres mitológicos e arcanos. Todos se abraçam em um mesmo ambiente que mergulha num vértice flamejante. Pra variar não entendo nada. Chego boquiaberto e já me mandam buscar uma fita na ilha de edição para que o mestre a coloque no ar. Seus equipamentos...imundos funcionam cobertos de lama, entre outras coisas, restos de comida. Na redação, vejo samambaias emanando chamas azuis e frias. Alguém me manda apaga-las. Tento de todas as maneiras. mas nada parece adiantar. Pedem que eu corra novamente à ilha de edição, sem saber da tempestade que cai lá fora. O tempo parece parar enquanto corro não mais do que dez metros até a porta. Chego completamente ensopado ao outro lado. Torço pra que não me mandem de volta ao mestre com a fita. Um boy a pega da minha mão e desaparece no ar.Com sorte ainda consigo chegar a tempo no switcher pra ajudar na contagem do tempo do programa. Os monitores apresentam imagens impressioantes de homens-porcos, entre outras aberrações discutindo assuntos políticos com o coitado do entrevistado no centro do Roda Viva. Espero que ainda essa noite minhas amígalas parem de doer." (Marcos Vivan)
A retirada do mercado do Vioxx, um anti-inflamatório cujo princípio ativo é o Rofecoxib, fomentou no ano passado um debate bastante pertinente no que tange à segurança dos medicamentos que são disponibilizados todos os anos pelos laboratórios mundiais. A atitude voluntária do laboratório Merck foi devido à preocupações com o aumento do risco de eventos de complicações cardiovasculares nos pacientes.
No meio científico o que mais causou espanto não foi a decisão do laboratório de retirar o medicamento do mercado, mas sim o fato de os riscos trazidos pela manipulação do Vioxx terem demorado tanto tempo para virem à tona. Para os especialistas, o que aconteceu com o Vioxx serve de alerta para uma prática que está se tornando cada vez mais comum na indústria farmacêutica: descartar as considerações de interesse sanitário e público – eficácia, qualidade, segurança e uso racional de medicamentos – ao imperativo maior do interesse econômico: rentabilidade dos investimentos.
O Vioxx alcançou uma posição invejável no mercado graças a uma enorme campanha de marketing. Estava em 80 países e só em 2004 passado faturou cerca de 2,5 bilhões de dólares. No Brasil, onde o Vioxx era o quarto em vendas, a Merck teve receita de mais de trinta milhões de dólares em 2003.
A Merck já havia sido avisada
Em 2002, um laboratório espanhol, o Instituto Catalão de Farmacotecnologia, publicou artigo sobre os riscos que a administração do rofecoxib, o princípio ativo do Vioxx, terem sidos ignorados pela indústria. Em 2004, o British Medical Journal e a revista The Lancet publicaram artigos científicos que relatavam riscos de eventos cardiovasculares graves.
O boletim Uso Racional de Medicamento nº2, publicado pela Opas/OMS e pelo Ministério da Saúde em janeiro de 2004 esclareceu a possibilidade de “associação desses medicamentos a eventos cardiovasculares (infarto do miocárdio, trombose, hipertensão sistólica isolada), edema, hepatotoxicidade e distúrbio visual agudo temporário”. O texto ainda destacava a que havia limitações nos estudos sobre essa classe de antiinflamatórios e que, frente às evidências e dúvidas, o mais recomendado seria que a prescrição desses medicamentos fosse reservada a pacientes de alto risco.
A verdade (a obviedade) é que a sanha dos laboratórios mundiais em vender e manipular drogas já ultrapassou, há muito, a barreira da ética e do bom senso. Medicamentos perigosos à saúde humana (inacreditavelmente absurdo!) são empurrados pelas campanhas publicitárias dos laboratórios goela abaixo dos pacientes. Redes de saúde, hospitais, governos e convênios fecham seus olhos e permitem que esse ato de extremo desrespeito acometa cada dia mais pessoas. Políticas e legislações de contenção dos poderes desses laboratórios nem sempre são eficazes (mesmo em países da Europa ou no USA) e muitas das vezes, o governo deixa-se corromper pela chuva de dinheiro em forma de propina que estes laboratórios proporciona (como no caso mais gritante, a África).
No caso do Vioxx, foi preciso cerca de 7.800 mortes comprovadamente associadas ao uso do medicamento no mundo inteiro, para que a Merck se mexesse e retirasse a droga do mercado, “voluntariamente”.
5 Comments:
Alou??? Alou???
testando comments......
testandoooo......\
ssssssssssssom..... sssssssoom....
aloooooou... ssssssssom....
afinado!!!
By Anônimo, at segunda-feira, 13 março, 2006
socia... meu tel so ta recebendo... se der me de uma ligada... nao to achando a materia do correio pra mandar pro zezeu... preciso de mais dados a respeito... ou pelomenos a leade inteira...
beijos
By Anônimo, at segunda-feira, 13 março, 2006
Gostei desse remédio... onde encontro pra vender???
hehehehe
Belo site, galera.
Torço pelo sucesso de vcs.
[]'s
By ::fel::, at quinta-feira, 16 março, 2006
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